Após ataque “muito fraco” do Irão, Trump anuncia cessar-fogo no Médio Oriente. Teerão pede explicações a Lisboa e Montenegro fala das Lajes
A situação no Médio Oriente intensificou-se esta segunda-feira com o arranque da operação iraniana “Anúncio da Vitória” contra bases militares norte-americanas no Catar, mas acabou com o anúncio de um cessar-fogo. Em Portugal prossegue a discussão sobre o uso da Base das Lajes
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- <p>A situação no Médio Oriente intensificou-se esta segunda-feira com o arranque da operação iraniana “Anúncio da Vitória” contra bases militares norte-americanas no Catar, <strong>mas acabou com o anúncio de um cessar-fogo por parte de Donald Trump. </strong></p>
- <p>A base de Al Udeid, a maior dos Estados Unidos no Médio Oriente, foi o primeiro lugar a ser escolhido pelo regime de Teerão, que agora <strong>não está livre de uma resposta "direta e de acordo com o direito internacional" do Catar. </strong>O Irão fala ainda num ataque a bases norte-americanas no Iraque, mas Washington não confirmou.</p>
- <p>Do lado da Casa Branca, o Presidente dos Estados Unidos deu apenas conta de que os <strong>Estados Unidos já sabiam do ataque</strong> a Al Udeid e, por isso, conseguiram combatê-lo "com muita eficácia". Para Donald Trump, a resposta iraniana ficou aquém das expectativas: "Quero agradecer ao Irão por nos ter avisado com antecedência, o que tornou possível que nenhuma vida se perdesse e que ninguém ficasse ferido." Passados umas horas, Trump anunciou que<strong> as tréguas vão ter início nas próximas horas. </strong></p>
- <p>Perante os últimos desenvolvimentos, o espaço aéreo do Catar, Bahrein e do Kuwait estiveram temporariamente fechados. Apesar das tréguas, há relatos de explosões potentes no centro de Teerão, que se seguiram a um aviso israelita de bombardeamentos iminentes, enquanto o Irão lançou um alerta para evacuação de Ramat Gan, nos arredores de Telavive, ameaçando atacar.</p>
- <p>Em Portugal a discussão sobre a cedência das Lajes para aviões norte-americanos prosseguiu, com o <strong>Irão a deixar a garantia de que vai pedir esclarecimentos ao Governo</strong> liderado por Luís Montenegro sobre a "neutralidade" do país. O primeiro-ministro não parece ter muito a acrescentar, <strong>apontando como explicação o acordo entre Portugal e os Estados Unidos na utilização da Base das Lajes: </strong>"Foi isso que aconteceu e seguramente vai continuar a acontecer." Também Marcelo Rebelo de Sousa referiu uma "política externa" alinhada com a de Montenegro e garantiu que Portugal não teve conhecimento prévio do ataque dos Estados Unidos ao Irão.</p>
O Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assegura que Israel e o Irão chegaram a um acordo de cessar-fogo "completo e total".
Numa mensagem na rede social Truth Social, Trump escreve que essas tréguas vão ter início nas próximas horas.
PARABÉNS A TODOS! Foi plenamente acordado entre Israel e o Irão que haverá um CESSAR-FOGO completo e total (daqui a aproximadamente 6 horas, quando Israel e o Irão tiverem acalmado e concluído as suas missões finais em curso!), durante 12 horas, altura em que a guerra será considerada TERMINADA!
Trump adianta ainda que, primeiro, o Irão iniciará o cessar-fogo e, à 12.ª hora, será a vez de Israel começar. Após 24 horas, "o fim oficial da guerra de 12 dias será saudado pelo mundo".
A publicação de Trump foi feita numa altura em que as agências noticiosas iranianas Fars e Mehr relatavam explosões potentes no centro de Teerão, que se seguiram a um aviso israelita de bombardeamentos iminentes, e enquanto o Irão lançou um alerta para evacuação de Ramat Gan, nos arredores de Telavive, ameaçando atacar.
Nem Israel, nem o Irão confirmaram ainda o cessar-fogo.
O presidente do Conselho Europeu, António Costa, sublinhou que o Irão pode ter armas nucleares e defendeu que para chegar a uma paz duradoura no Médio Oriente
é preciso defender uma solução de dois Estados entre Israel e a Palestina.
Tem de haver uma garantia de respeito para cumprir os tratados de não proliferação de armas nucleares. O Irão não pode ter uma arma nuclear e assim entendemos que os iranianos respeitam a lei internacional, assim como os tratados de não proliferação de armas nucleares.
O major-general Shayeq Al Hajri disse aos jornalistas que foram disparados sete mísseis do Irão e todos foram intercetados sobre as águas entre os dois países pelas defesas aéreas do Qatar.
O Irão disparou então mais 12 mísseis e 11 foram interceptados sobre o território do Qatar, mas um atingiu a base americana, adiantou Al Hajri.
De acordo com a agência de notícias Associated Press, não ficou imediatamente claro quais foram os danos causados pelo míssil.
O número de mísseis difere de um número dado por Trump, que disse que 14 mísseis foram disparados, 13 foram derrubados e um foi “libertado” porque não representava uma ameaça.
"O Irão respondeu oficialmente à nossa destruição das suas instalações nucleares com uma resposta muito fraca, o que esperávamos e que combatemos com muita eficácia", afirmou Trump na rede social Truth.
Segundo o Presidente norte-americano, foram disparados contra a base norte-americana de Al Udeid, no Qatar, 14 mísseis, dos quais 13 foram abatidos e um seguiu numa "direção não ameaçadora".
"Tenho o prazer de informar que NENHUM americano foi ferido e quase nenhum dano foi causado. Mais importante ainda, [os iranianos] tiraram tudo do seu 'sistema' e, espero, não haverá mais ÓDIO", adiantou Trump.
"Quero agradecer ao Irão por nos ter avisado com antecedência, o que tornou possível que nenhuma vida se perdesse e que ninguém ficasse ferido. Talvez o Irão possa agora prosseguir para a Paz e a Harmonia na Região, e eu encorajarei Israel com entusiasmo a fazer o mesmo", afirmou ainda o Presidente norte-americano.
Noutra publicação, Trump afirmou "PARABÉNS MUNDO, É HORA DA PAZ!".
O Presidente dos Estados Unidos (EUA) afirmou esta segunda-feira que as três instalações nucleares iranianas atacadas no domingo "foram totalmente destruídas" e acusou alguns jornalistas e órgãos de comunicação norte-americanos de mentirem sobre a extensão dos danos.
O primeiro-ministro, que está no Porto para participar nos festejos de São João, falou sobre a situação na base das Lajes, considerando que Portugal cumpriu o acordo com os Estados Unidos.
“A gestão da base das Lajes é exatamente como era a semana passada e há 1 mês. O projeto continua a ser é uma base na qual temos um acordo com os Estados Unidos da América e o acordo tem de ser cumprido. Foi isso que aconteceu e seguramente vai continuar a acontecer”, disse Luís Montenegro.
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, garantiu esta segunda-feira sintonia com o Governo em matéria de política externa e assegurou que Portugal não teve conhecimento prévio do ataque dos Estados Unidos ao Irão.
"A posição do Presidente da República é muito simples, está em sintonia com o Governo, não há uma política externa do Presidente e outra do Governo," afirmou Marcelo, em resposta aos jornalistas em Luanda, questionado sobre o pedido de explicações do Irão a Portugal face à utilização da Base das Lajes.
Sublinhando que Portugal não teve conhecimento prévio do ataque deste fim de semana e que a utilização da Base das Lajes pelos Estados Unidos decorreu de um pedido “normal” no âmbito de um acordo bilateral, Marcelo frisou que Portugal mantém uma posição de “contenção” e aposta na “via diplomática” face à escalada entre Israel e Irão.
O espaço aéreo do Bahrein e do Kuwait já foram reabertos, após uma breve suspensão.
- <p>O Irão diz que lançou dez mísseis contra a maior base militar de Al Udeid, localizada a sudoeste de Doha, com capacidade para dez mil militares. Foi ainda reivindicado o lançamento de um míssil contra uma base americana no Iraque, mas os Estados Unidos não confirmam.</p>
- <p>A operação militar iraniana ficou denominada "Anúncio da Vitória” e está a ser acompanhada pela Casa Branca. O Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, está reunido na Sala de Situação com o seu Secretário da Defesa, Pete Hegseth, para deliberar sobre a resposta a esta agressão.</p>
- <p>O Conselho de Segurança do Irão fez questão de afirmar que o ataque não foi contra o estado amigo do Catar, com o qual o Irão quer manter o forte relacionamento. Ainda assim, o Catar condenou o ataque e sublinhou que tem o direito de responder ao ataque, de acordo com o direito internacional. </p>
- <p>A situação obrigou ao encerramento temporário do espaço aéreo do Catar, Bahrein e Kuwait. Foram reabertos horas depois.</p>
O Bahrain e o Kuwait anunciaram o encerramento temporário dos espaços aéreos, após ataques de mísseis iranianos a uma base norte-americana no vizinho Qatar, que também já tinha tomado a mesma medida.
As autoridades "anunciaram a suspensão temporária do tráfego aéreo nos céus do reino do Bahrain como medida de precaução à luz dos recentes acontecimentos regionais", informou a agência de notícias oficial do Bahrain, BNA.
Pouco depois do Bahrain, também o Kuwait anunciou o encerramento do espaço aéreo, como atitude preventiva após os ataques iranianos.
"Face às medidas de precaução tomadas em vários países vizinhos, que incluem o encerramento de aeroportos e do espaço aéreo, o Estado do Kuwait anuncia o encerramento temporário do espaço aéreo como precaução, em vigor hoje e até novo aviso", afirmou a Autoridade de Aviação Civil em comunicado.
Perante esta situação, as empresas de aviação estão a ordenar o cancelamento de voos na região.
A partir do Cairo, a empresa de aviação EgyptAir disse, em comunicado, que estava a cancelar todos os voos com países do Golfo "até que a situação estabilizasse".
A agência federal de transporte aéreo da Rússia, Rosaviatsia, proibiu as companhias aéreas nacionais de voar para Israel, Jordânia, Iraque, Irão e Qatar até 26 de junho, alegando a escalada do conflito no Médio Oriente.
Israel concluiu esta segunda-feira a "mais extensa" onda de ataques ao Irão desde o início da guerra, a 13 de junho, afirmou o principal porta-voz das Forças Armadas, Effie Defrin, numa conferência de imprensa.
"As Forças de Defesa de Israel concluíram a onda de ataques mais extensa que realizaram até à data em Teerão. Como parte da onda de ataques, 50 caças da Força Aérea lançaram mais de 100 projéteis e atacaram alvos militares do regime iraniano", declarou Defrin.
Da ofensiva israelita, o militar destacou os bombardeamentos que as Forças Armadas comunicaram ao longo do dia: à sede do Basij, grupo paramilitar dependente da Guarda Revolucionária, cujo quartel-general também foi um alvo; à prisão de Evin, que acolhe presos políticos, e às vias de acesso à central nuclear de Fordo.
A comparência de Defrin começou com vários minutos de atraso, durante os quais paralelamente se confirmava que o Irão tinha atacado bases militares dos Estados Unidos no Qatar.
Começaram as respostas do Irão ao ataque dos Estados Unidos. A base de Al Udeid, a maior dos Estados Unidos no Médio Oriente, foi o primeiro lugar a ser escolhido pelo regime de Teerão para aquilo que se considera ser uma "resposta forte" à agressão dos Estados Unidos.
Segundo a agência noticiosa iraniana Tasnim, a operação militar contra as bases dos Estados Unidos já tem nome. Chama-se "Anúncio da Vitória" e trata-se de uma operação militar cujo objetivo é atacar alvos militares no Catar e no Iraque.
Entretanto, o Conselho Supremo de Segurança Nacional emitiu uma nota em que admite que os ataques às bases militares no Médio Oriente foram uma “resposta à ação agressiva e descarada dos Estados Unidos contra as instalações nucleares do Irão”. O número de mísseis usados foi o mesmo do que o número de bombas usadas pelos Estados Unidos, acrescentou.
Perante os últimos desenvolvimentos, o espaço aéreo dos Emirados Árabes Unidos está encerrado.
O Irão vai pedir esclarecimentos ao Governo português sobre a cedência das Lajes para aviões norte-americanos de reabastecimento, anunciou esta segunda-feira o embaixador Majid Tafreshi, em entrevista à Rádio Renascença.
O diplomata disse que o bombardeamento atingiu ilegalmente "instalações nucleares pacíficas" e vai questionar o Governo sobre a "neutralidade" portuguesa neste ataque
O vosso Governo deveria esclarecer esta situação e com certeza, nós questioná-lo-emos.
Os jornalistas da Al Jazeera, no Catar, relatam fortes explosões em Doha. No céu foram avistados foguetes, sendo que ainda não se sabe se serão mísseis.
Perante as explosões ouvidas, a Casa Branca e o Departamento de Defesa adiantam que "estão a monitorizar de perto as potenciais ameaças à base aérea de Al Udeid", que fica a cerca de 50 km de Doha.
Al Udeid é o quartel-general avançado do Comando Central dos Estados Unidos que dirige as operações militares norte-americanas e a maior base americana no Médio Oriente, com capacidade para dez mil soldados.
Depois do ataque iraniano à base área dos Estados Unidos em Doha, o Catar assegura que tem direito de responder diretamente e de acordo com o direito internacional.
O Catar suspendeu temporariamente o tráfego aéreo em todo o país devido aos últimos acontecimentos no Médio Oriente. O anúncio foi feito pelo ministro dos Negócios Estrangeiros nas redes sociais.
O Irão voltou esta segunda-feira a ameaçar os Estados Unidos da América com uma ação militar em resposta ao ataque norte-americano sem precedentes contra as instalações nucleares iranianas.
O porta-voz das Forças Armadas iranianas, Ebrahim Zolfaghari disse que o "ato hostil" dos Estados Unidos vai alargar o âmbito dos alvos legítimos do Irão, provocando o prolongamento da guerra na região do Médio Oriente.
"Os combatentes do Islão vão infligir consequências pesadas e imprevisíveis através de operações poderosas e orientadas", acrescentou o mesmo porta-voz numa mensagem difundida pela televisão estatal iraniana.
Anteriormente, um conselheiro do ayatollah Ali Khamenei, o líder supremo do Irão, afirmou que os Estados Unidos já não têm lugar no Médio Oriente e que devem esperar "consequências irreparáveis" na sequência do ataque de sábado à noite.
As autoridades competentes do Catar anunciam a suspensão temporária do tráfego aéreo no espaço aéreo do país, a fim de garantir a segurança dos cidadãos, residentes e visitantes.
Acrescentou que as autoridades estavam a acompanhar a situação “em coordenação com os parceiros regionais e internacionais”.
Anteriormente, a embaixada dos EUA no Qatar aconselhou os americanos a não saírem, tendo outras embaixadas ocidentais feito eco do aviso.
“Por uma questão de prudência, recomendamos aos cidadãos americanos que se refugiem no local até nova ordem”, declarou a embaixada dos EUA no seu sítio Web.
A Grã-Bretanha e o Canadá citaram posteriormente o alerta de segurança dos EUA nas suas próprias recomendações aos cidadãos.
As forças armadas iranianas ameaçaram na segunda-feira infligir “consequências graves e imprevisíveis” aos Estados Unidos, depois de este país se ter juntado à campanha do seu aliado Israel contra a república islâmica, realizando ataques pesados contra três instalações nucleares.
A Casa Branca indicou que o Presidente norte-americano está “ainda interessado” numa solução diplomática com o Irão, depois de Donald Trump ter referido no domingo uma “mudança de regime” em Teerão.
“Se o regime iraniano se recusa a envolver-se numa solução diplomática e pacífica, na qual o Presidente [dos Estados Unidos] continua interessado, por que razão não retira o povo iraniano o poder a este regime incrivelmente violento que o reprime há décadas”, questionou Karoline Leavitt, porta-voz do Governo norte-americano, no canal televisivo Fox News.
Leavitt declarou depois à comunicação social que foram enviadas mensagens “públicas e privadas” aos iranianos, desde os bombardeamentos norte-americanos, no sábado, de três instalações nucleares iranianas.
A porta-voz insistiu que tais instalações foram “completa e totalmente destruídas”.
“É uma operação com que tantos Presidentes sonharam, mas nenhum teve coragem de a fazer, e o Presidente Trump fê-la”, sublinhou.
O ministro dos Negócios Estrangeiros (MNE), Paulo Rangel, assegurou que Portugal não exporta armas para Israel, referindo-se a um possível embargo da União Europeia (UE) devido à situação humanitária em Gaza.
“No caso de Portugal, essa questão [do embargo das armas] não se põe porque desde que há um Governo da AD - não foi assim com os governos socialistas – tem recusado todos os pedidos de exportação de armas ou material de duplo uso para Israel”, garantiu o ministro, em declarações após a reunião dos chefes da diplomacia da UE, dominada pela situação no Médio Oriente.
O ministro acrescentou que recusou “um pedido que estava pendente de exportação de armas para Israel” no primeiro dia em que entrou no Palácio das Necessidades, sede do MNE.
Ao contrário de outros países, que pedem a suspensão [das exportações], nós já temos essa medida tomada há muito tempo.
Na véspera da cimeira da NATO, o secretário-geral da Aliança Atlântica, Mark Rutte, adiantou, esta segunda-feira, que o debate sobre o Irão estará “inevitavelmente” na agenda da Cimeira da NATO, que decorre de terça a quarta-feira, em Haia, nos Países Baixos. Questionado a propósito do ataque norte-americano a bases nucleares iranianas, Rutte respondeu que “não há dúvida de que o Irão surgirá nas discussões”.
Com o ataque dos Estados Unidos, a guerra no Médio Oriente ganhou novos capítulos — e nem Portugal escapou. "Está dentro da normalidade" a utilização das Lajes por parte dos norte-americanos, o Ocidente vai sofrer no bolso as retaliações "indiretas" e Putin "dará palmadinhas nas costas" ao Irão, mas não mais do que isso. Assim foi o Fórum TSF desta segunda-feira.
O poder judicial iraniano confirmou esta segunda-feira que os ataques israelitas atingiram a prisão de Evin, em Teerão, danificando partes das instalações, depois de Israel ter anunciado o estabelecimento prisional como um dos alvos dos bombardeamentos.
"Durante o último ataque do regime sionista a Teerão, os projéteis atingiram infelizmente a prisão de Evin, causando danos em algumas secções", declarou o órgão do sistema judicial, Mizan Online.
Os edifícios da prisão no norte da capital iraniana permanecem "sob controlo" das autoridades, disse a mesma fonte, segundo a agência de notícias France-Presse (AFP).
A televisão estatal iraniana mostrou o que pareciam ser imagens de vigilância a preto e branco do ataque.
A prisão é conhecida por deter cidadãos com dupla nacionalidade e ocidentais, frequentemente utilizados pelo Irão como moeda de troca nas negociações com o Ocidente.
Depois da luz verde dada pelo Governo português aos Estados Unidos para usarem a Base das Lajes, cresce a preocupação de que Portugal possa ser um alvo do Irão. Uma possibilidade que na TSF o presidente do Observatório de Segurança e Defesa da Sedes, major general João Vieira Borges, afasta.
O responsável da Agência Internacional de Energia Atómica afirmou que são esperados "danos muito significativos" nas instalações subterrâneas de enriquecimento de urânio do Irão, atacadas no fim de semana pelos Estados Unidos.
"Dada a carga explosiva utilizada e a extrema sensibilidade das centrifugadoras à vibração, espera-se que tenham ocorrido danos muito significativos" em Fordow, um dos locais atacados, disse Rafael Grossi, numa declaração feita em Viena.
Os Estados Unidos atacaram no domingo as instalações subterrâneas do programa nuclear iraniano em Fordow, em Isfahan e em Natanz.
Segundo o diretor da agência das Nações Unidas, "neste momento, ninguém, incluindo a AIEA [Agência Internacional de Energia Atómica], está em condições de avaliar completamente os danos subterrâneos em Fordo".
O Irão afirmou que os EUA ultrapassaram "uma linha vermelha muito grande" ao atacar três instalações com mísseis e bombas destruidoras de 'bunkers' de 13.660 kg.
As autoridades iranianas denunciaram esta segunda-feira um novo ataque à central subterrânea de enriquecimento de urânio de Fordow, no centro do Irão, que foi atacada pelos Estados Unidos no fim de semana.
"O agressor [Israel] voltou a atacar a central nuclear de Fordow", disse um porta-voz da autoridade de gestão de crises da província de Qom à agência local Tasnim, segundo a agência de notícias France-Presse (AFP).
"Não haverá qualquer perigo ou ameaça para os cidadãos", acrescentou a mesma fonte, de acordo com a agência noticiosa espanhola EFE.
O complexo nuclear de Fordow, com capacidade de enriquecimento de urânio a 60%, segundo os especialistas, fica localizado a cerca 100 quilómetros a sul de Teerão, cuja área metropolitana tem uma população de 14 milhões de pessoas.
Fordow foi uma das instalações atacadas pelos Estados Unidos, único país que possui armamento capaz de perfurar a montanha onde a central foi construída.
O Livre e o PCP querem mais esclarecimentos do Governo relativamente à autorização dada aos Estados Unidos para utilizar a Base das Lajes, nos Açores. O Ministério da Defesa revelou este domingo que os EUA pediram autorização prévia para usar a Base das Lajes, nos Açores, para o estacionamento ou trânsito de 12 aviões militares na passada quarta-feira, 18 de junho, sendo que Portugal acedeu ao pedido. O gabinete de Nuno Melo avançou que a autorização enquadra-se no âmbito do Acordo de Cooperação e Defesa entre Portugal e os EUA.
Foram ouvidas fortes explosões em Jerusalém após o exército israelita ter avisado que tinham sido lançados novos mísseis a partir do Irão.
O Irão volta a atacar Israel. O exército israelita adianta que foram identificados mísseis lançados a partir do Irão, em direção a Israel. As forças armadas israelitas dizem que os sistemas defensivos estão a funcionar para intercetar a ameaça e adiantam que a população tem instruções para ir para os abrigos.
A Força Aérea israelita atacou esta manhã instalações militares em Kermanshah, no oeste do Irão. A informação é avançada em comunicado pelo Exército israelita, numa altura em que a guerra entre os dois países entra no 11.º dia. Teerão adianta, por seu lado, que enforcou um homem condenado por ser espião de Israel.
O embaixador iraniano na ONU afirmou esta segunda-feira, perante o Conselho de Segurança, que Teerão vai decidir "o momento, a natureza e a escala da resposta proporcional” ao ataque dos Estados Unidos na última madrugada contra o seu país.
Durante uma reunião de urgência nas Nações Unidas solicitada pelo Irão, Amir Saeid Iravani acusou Washington de lançar uma guerra "sob pretextos absurdos e fabricados", referindo-se aos bombardeamentos norte-americanos contra instalações nucleares iranianas.
O representante do Irão alertou que o seu país se reserva "o pleno e legítimo direito de se defender contra a agressão insolente dos Estados Unidos e do seu peão israelita", sem dirigir, no entanto, nenhuma ameaça concreta.
Referindo-se ao primeiro-ministro israelita, "mais uma vez, o criminoso de guerra procurado [Benjamin] Netanyahu conseguiu manter refém” a política externa norte-americana, “arrastando os Estados Unidos para outra guerra onerosa e injustificada”.
Os ministros dos Negócios Estrangeiros dos 27 da União Europeia (UE) discutem esta segunda-feira os desenvolvimentos na guerra na Ucrânia e a escalada do conflito entre Israel e o Irão, após os bombardeamentos norte-americanos contra várias instalações nucleares iranianas.
O encontro em Bruxelas ocorre um dia antes da cimeira da NATO em Haia – 23 dos 32 países que compõem a Aliança Atlântica pertencem à UE – e de uma reunião do Conselho Europeu no final da semana em Bruxelas.
A reunião, que contará com a presença do ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros (MNE), Paulo Rangel, acontece igualmente em plena escalada do conflito entre Israel e o Irão, depois do Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ter confirmado na noite de sábado que bombardeiros norte-americanos tinham atacado com bombas anti-bunker as principais centrais nucleares do Irão, incluindo as instalações subterrâneas de Fordow.
Bom dia! Abrimos este liveblog para continuar a acompanhar tudo sobre a guerra Israel-Irão. No fim de semana, os EUA entraram no conflito.
Recorde aqui tudo o que aconteceu no domingo.
As autoridades norte-americanas pediram aos seus cidadãos "vigilância redobrada" em todo o mundo, após os seus bombardeamentos contra instalações nucleares iranianas, que podem levar a retaliações do regime da República Islâmica.
Num aviso divulgado na noite de domingo nos Estados Unidos (madrugada de segunda-feira em Lisboa), o Departamento de Estado “aconselha os cidadãos norte-americanos de todo o mundo a exercerem vigilância redobrada".
A diplomacia de Washington aponta, em concreto, "o potencial para protestos contra cidadãos e interesses norte-americanos no estrangeiro".
O aviso refere que o conflito lançado por Israel, em 13 de junho, contra o Irão resultou em interrupções nas viagens e no encerramento temporário do espaço aéreo em todo o Médio Oriente, e aconselha os seus cidadãos a que tenham “mais cautela”.
No domingo, os Estados Unidos ordenaram a retirada de famílias e funcionários não essenciais da sua embaixada em Beirute, “devido ao clima volátil e imprevisível na região", segundo um comunicado da sua representação na capital libanesa.
