Rangel admite reconhecimento do Estado da Palestina, mas avisa que "política não é definida pelos outros estados"
O ministro dos Negócios Estrangeiros explica que Portugal "tem tido um caminho comum com a França, mas não só"
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O ministro dos Negócios Estrangeiros, Paulo Rangel, avisa esta sexta-feira que Portugal não se deixa condicionar pelas decisões de outros países, depois de Emmanuel Macron ter anunciado que França vai recnhecer o Estado da Palestina na Assembleia Geral das Nações Unidas, em setembro. Ainda assim, o governante português não fecha a porta a que Portugal faça o mesmo no futuro.
"Portugal sempre esteve aberto e estará a esse reconhecimento e entre os vários parceiros com os quais tem tido um caminho comum está também a França, mas não só. Portanto, nós participaremos na conferência que vai ter agora lugar, dia 28, 29 e 30 de julho em Nova Iorque, que é organizada pela França e pela Arábia Saudita, sobre a solução dos dois Estados", disse o ministro português em declarações à SIC Notícias à margem de uma conferência em Carcavelos.
Ainda assim, Paulo Rangel deixa um aviso: "Portugal continua, como eu digo, a acompanhar este processo de forma muito próxima. Portugal é um país soberano e, portanto, a sua política não é definida pelos outros estados, mas tem sido sempre articulada com os estados parceiros."
A França vai reconhecer o Estado da Palestina na Assembleia Geral das Nações Unidas em Nova Iorque, em setembro, anunciou na quinta-feira o Presidente Emmanuel Macron.
"Fiel ao seu compromisso histórico com uma paz justa e duradoura no Médio Oriente, decidi que a França reconhecerá o Estado da Palestina. Farei o anúncio formal na Assembleia Geral das Nações Unidas em setembro próximo", escreveu o chefe de Estado francês no X.